Demonstração ao vivo da Arte da Filigrana
quinta, 12/10
|Centro Interpreativo Angra do Heroísmo
Actividade em permanência, por F. Ribeiro – Rota da Filigrana, Grupo Dinamizador da Rede Portuguesa de Turismo Industrial [créditos fotográficos: F. Ribeiro Lda.]
HORÁRIO E LOCAL
12/10/2023, 10:00 AZOST – 15/10/2023, 16:00 AZOST
Centro Interpreativo Angra do Heroísmo, R. do Marquês 12, 9700-143 Angra do Heroísmo, Portugal
SOBRE O EVENTO
A filigrana é uma técnica ancestral de ourivesaria que consiste em obter e manusear fios de ouro ou prata, usualmente muito finos (da espessura de um cabelo), que são depois aplicados a molduras com várias formas, preenchendo-as com um rendilhado delicado. A filigrana ocupa um lugar de destaque entre as criações dos ourives de Gondomar: de produção artesanal, é concebida em oficinas de pequena escala, de cariz familiar, utilizando técnicas transmitidas de geração em geração.
Por: F. Ribeiro Lda. – Rota da Filigrana, Grupo Dinamizador da Rede Portuguesa de Turismo Industrial
Actividade em permanência – entrada livre:
Quinta-feira (12 de Outubro): 10h00-19h00
Sexta-feira (13 de Outubro): 10h00-19h00
Sábado (14 de Outubro): 10h00-19h00
Domingo (15 de Outubro): 10h00-16h00
O FILIGRANEIRO
Cabe ao filigraneiro, ofício tradicional de Gondomar, começar e acabar o trabalho de banca. Com o auxílio de uma buchela executa o contorno externo e a estrutura interna da peça, designado de armação ou esqueleto. Depois de “cheias”, as peças voltam às mãos do filigraneiro para serem soldadas, processo fundamental para fixar as centenas de fios colocados sob pressão pelas enchedeiras. As peças são polvilhadas com solda de prata ou de ouro, e depois soldadas através do maçarico que projeta o fogo sobre o metal até a solda atingir o ponto de fusão. Seguidamente recorre a um embutidor para moldar e dar uma forma côncava às peças. Os acabamentos consistem em colocar adereços sobre a peça principal, podendo ser aplicados esmaltes, pedras preciosas ou a conjugação com outros materiais.
A ENCHEDEIRA
Concluída a estrutura externa, cabe à enchedeira - ofício típico de Gondomar realizado tradicionalmente por mulheres -executar a tarefa mais artística e emblemática da filigrana, o enchimento. Trabalho delicado e repetitivo, consiste em preencher com o fio de filigrana os espaços vazios criados pelo esqueleto. Cada fio é cortado à medida e colocado meticulosamente, um a um, sobre pressão. Uma distração pode desmoronar a peça, caindo todos os fios colocados até então.
[Créditos fotográficos - imagem de capa: F. Ribeiro Lda.]